Semente de Brachiaria Brizantha cv Marandu - ( Braquiarão ) Saco 20 kg Sementes Boi Gordo

Nome comercial: Braquiarão

Nome científico: Brachiaria Brizantha cv Marandu - ( braquiarão )

Origem

Cultivar de Brachiaria brizantha, também conhecida como “braquiarão”. Originalmente coletada no Zimbábue, África, foi estudada em parceria com a Embrapa Cerrados.

Disponível desde 1984, sendo cultivada em cerca de 70 milhões de hectares no Brasil. E estima-se que em 2006 os benefícios econômicos gerados foram superiores a 3,9 bilhões de reais.

Características Principais

Fertilidade

O capim-marandu apresenta um baixo grau de adaptação a solos de baixa fertilidade. Para o plantio em solos da região dos Cerrados, recomenda-se o uso da calagem para elevar a saturação por bases para valores entre 40% e 45% nas profundidades de 0 a 20 cm. A adubação fosfatada deve ser feita segundo a textura do solo. Para solos muito argilosos, com mais de 60% de argila, a adubação fosfatada deve ser suficiente para elevar os teores de P (extrator Mehlich-1) para 4 mg/dm3, para solos com 36% a 60% de argila para 6 mg/dm3; para solos com 16% a 35% de argila para 12 mg/dm3; para solos com menos de 15% de argila para 15 mg/dm3.

A adubação potássica deve ser feita sempre que os teores de K estiverem abaixo de 50 mg/dm3(extrator Mehlich-1).

Para a utilização das áreas de recuperação de pastagens e/ou para uso em pastejo intensivo, recomenda-se a aplicação de pelo menos 30 kg/ha de S e 30 kg/ha de uma fonte composta de micro nutrientes, como FTE. É um capim altamente responsivo ao nitrogênio quando os outros nutrientes estão em níveis adequados.

Áreas de Plantio / Adaptação

O marandu é o capim mais plantado, atualmente, no Brasil Central Pecuário. Na região Norte, onde outras espécies como Panicum maximun, Brachiaria humidicola e Brachiaria Decumbens foram praticamente inviabilizadas pelo ataque das cigarrinha-das-pantagens, o mesmo é cultivado em larga escala, quase que em monocultura. Esta é uma situação preocupante e a pesquisa está oferecendo novas opções para diversificação das pastagens.

Na região Nordeste, pode ser cultivado em locais com precipitação acima de 800 milímetros anuais.

Já na região Sul, adaptou-se bem no norte do Paraná, mas em locais de inverno mais rigoroso somente poderá ser plantado como pasto de verão, por não tolerar geadas.

O marandu mostrou-se pouco adaptado a solos mal drenados, condições essas que favorecem a podridão de raízes e redução do crescimento.

Notícias de mortalidade de pastagens de 'Marandu' na região Norte e Centro-Oeste parecem estar relacionadas a problemas de estresse hídrico (falta de chuva ou má drenagem no solo), mau manejo das pastagens e ocorrência de pragas e/ou doenças associadas.

Semeadura

Em climas com estação chuvosa no verão, como a região Centro-Oeste, pode ser semeada desde meados de outubro até o final de fevereiro, sendo ideal de novembro a dezembro. Para um bom estabelecimento de esta cultivar recomenda-se uma taxa de semeadura de 1,5 a 2,0 kg/ha de sementes puras viáveis, e uma profundidade de semeadura de 3 a 6 cm, seguida de leve compactação.

Produção e Qualidade de Pastagem

O capim-marandu apresenta produção anual de matéria seca na ordem de    8 t/ha, podendo aumentar para 20 t/ha com aplicação de fertilizantes.

Em experimento na Embrapa Gado de Corte, em amostras de forragem, onde foi simulado o pastejo animal, o conteúdo de proteína bruta nos períodos das águas e da seca, foi de 9,3% e 6,2, e a digestibilidade in vitro de matéria orgânica, 61% e 515%, respectivamente.

Desempenho Animal

Têm-se observado ganhos de peso de 590 gramas/animal/dia a 850 gramas/animal/dia nas águas e de 110 gramas/ animal/dia a 400 gramas/animal/dia no período seco, com média de 390 gramas/animal/dia no ano, com animais desmamados.

Em outro trabalho, com animais em recria um Latossolo Roxo, foram observados ganhos médios anuais de 395 gramas/animal/dia, com lotação de 2,4 novilhos de 250 quilos de peso vivo/hectare. A produção animal atingiu 345 quilos de peso vivo/hectare/ano. Em lotação de 2,2 animais/hectare, o desempenho médio foi de 440 ramas/animal/dia e a produção de 448 quilos de peso vivo/hectare/ano.

Já em áreas de pastagens recuperadas com a utilização de lavoura de soja e plantio posteriores simultâneo com milho, também adubado, as fêmeas nelores desmamadas produziram entre 13 arrobas e 19 arrobas de carne/hectare.

No município de Planaltina, o capim-marandu alcançou um ganho de peso de 600 gramas/animal/dia com uma carga animal de 2UA/ha, no período chuvoso, enquanto na época seca, com uma carga de 1 UA/ha, os animais mantiveram o peso.

Resistência à cigarrinha-das-pantagens

O capim-marandu é resistente às principais espécies de cigarrinha-das-pantagens pertencentes aos gêneros Notozulia, Deois e Aeneolamia. Com exceção da região Norte do Brasil, este capim se constitui na melhor alternativa de gramínea forrageira resistente às cigarrinhas.

Naquela região, onde foram estabelecidas extensas monoculturas com esse capim, têm-se registrado altos níveis populacionais e danos ocasionados por cigarrinha típica da cana-de-açúcar, pertencente ao gênero Mahanarva.

Acredita-se que ao longo dos últimos 20 anos, desde o lançamento dessa gramínea, as monoculturas estabelecidas com o capim-marandu tenham desalojado as espécies de cigarrinhas típicas de pastagens, favorecendo as do gênero Mahanarva. Espécies desse gênero são maiores e apresentam maior capacidade de dano.